domingo, 28 de setembro de 2008

Por quê ainda acreditamos no Estado? 1ª Parte: 2º Ciclo da Borracha.

"Dizia-se nas propagandas, tanto em jornais como em pinturas feitas nos muros das cidades nordestinas, que a seringueira dava bastante frutos, do tamanho de uma "bola", e o trabalho do seringueiro seria apenas o de colher tais frutos e que custavam muito dinheiro, sendo, portanto, fácil ficar rico com essa atividade. Em outros casos aparecia a seringueira com folhas desenhadas como se fossem notas de dinheiro. É claro que as propagandas foram exercidas sem limites, sempre mostrando que os "soldados" ficariam ricos com facilidade além de "servir a pátria". Todos esses engodos usados como atrativos, pelo governo e seus representantes, contribuíram para arrastar milhares de migrantes viajando em condições périgosas (...) A viagem era longa e cansativa, em navios superlotados, sem o mínimo de conforto, onde viajavam mais de mil pessoas, homens, mulheres e crianças, gerando caos e tumulto num moderno navio negreiro."
Maria das Graças S.N. Silva, Espaço Ribeirinho, 2003.


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