Em nosso país tudo é tratado com "interesses"... a reforma agrária não acontece e não vai acontecer tão cedo, enquanto isso há o exterminio de pessoas no campo, a escravidão, o coronelismo... há corrupção e máfia em orgãos públicos que se dizem os "responsáveis" por "fiscalizar"... E a critica é tanto ao Governo quanto para movimentos sociais e sociedade em geral, que são demagógicos e irresponsáveis. Não há legalização de terras, não existe controle de terras públicas, não existe nem cadastro nem um sistema funcional ou prático, existe sim uma máfia, grileiros, pseudo movimentos pela reforma agrária e a exploração irresponsável de nossos recursos naturais e agricolas, e existem os que não tem dinheiro (que são os que sofrem pela irresponsaibiliadade e ausência de organização responsável), esses são os que morrem e que são escravizados, que não tem onde morar, onde produzir, que não tem acesso a crédito, a educação, sáude, enfim...
Vejam a nossa realidade nessa reportagem...
Sem terra é executado com tiro nas costas pela polícia gaúcha
O agricultor sem terra Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, foi morto na manhã desta sexta-feira, com um tiro de espingarda calibre 12 nas costas, disparado por um homem da Brigada Militar, durante ação de despejo na fazenda Southal que deixou dezenas de feridos. Primeira explicação da Brigada disse que Elton tinha sofrido um "mal subito". No final da tarde, MST divulgou fotos do corpo do sem terra, comprovando que ele foi atingido pelas costas. Em nota oficial, movimento responsabilizou o governo Yeda Crusius, o Ministério Público gaúcho e o Judiciário pelo assassinato.
PORTO ALEGRE - O sem terra Elton Brum da Silva foi morto na manhã desta sexta-feira (21) em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, com um tiro pelas costas, desferido por uma espingarda calibre 12 durante desocupação, pela Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha), da Fazenda Southall. O assassinato ocorreu por volta das 8 horas da manhã. Elton deu entrada no hospital quase duas horas depois. O MST, em nota oficial, lamentou com pesar o ocorrido e responsabilizou o governo Yeda Crusius (PSDB), o Ministério Público do RS e a Justiça. Não é a primeira vez que a Brigada Militar usa de truculência durante reintegrações de posse, aliás, a violência contra os movimentos sociais instaurada desde o início do Governo Yeda denota opção clara por tratar as questões sociais, como a Reforma Agrária, como caso de polícia.
por Clarissa Pont
Fonte: Carta Maior.